quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"DEPOIS DA CRISE"

A Vale anunciou mais uma descoberta de 400 milhões de toneladas de minério em uma única mina. Guanhães, um pequeno município do Vale do Rio Doce, tem pouco mais de 30 mil habitantes. Se for realmente confirmada a exploração do minério na cidade serão criados, segundo o geólogo João Carlos Cavalcante, cerca de 40 mil empregos.

Além de explorar minério, a idéia da Vale do Rio Doce é construir um mineroduto ligando a cidade a um porto que será instalado no Espírito Santo. Segundo Cavalcante as vagas de emprego serão geradas na construção do mineroduto e de um ramal ferroviário, além das usinas de pelotização de minério. A expectativa também é de que venha para a região empresas prestadoras de serviços, criando assim mais postos de trabalho.

Para o analista de investimentos em mineração da corretora SLW, Pedro Galdi, apesar do prejuízo amargado pelo setor na crise financeira de 2008, essa descoberta vem "aguçando o apetite de muita gente". Segundo ele se o ativo for interessante, logo aparece um interessado em comprar. "A crise afugentou muitos investimentos, mas o pessoal já percebeu que o minério será necessário daqui a pouco. As siderurgicas vão precisar dele para reduzir seus custos e as mineradoras para ampliar o leque de reserva. Além disso, hoje os preços estão em outra realidade, se comparados aos anteriores à crise, e isso também atrai compradores", analisa Galdi.

"CALOTE OU APERTO"

Estudantes inadimplentes podem perder o ano letivo e terem seus contratos cancelados pelas instituições de ensino. Um projeto lei do deputado Átila Lira (PSB-PI), prevê o desligamento do aluno, mesmo sem ter concluido o periodo letivo.

Segundo a Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), dois em cada 10 estudantes de faculdades particulares não pagam as mensalidades em dia. Patrícia Miranda de Freitas, 23 anos, é um dos exemplos de alunos com dificuldades em quitar as mensalidades. Ela cursa o 3º período de pedagogia em uma faculdade de Vespasiano, e começou a ter problemas com os boletos logo no início de 2008, quando o pai dela morreu. "Na época, eu recebia um salário mínimo e tive que assumir novas contas. Depois, fiquei sem emprego e a situação se agravou. Agora, tenho que ter muito jogo de cintura, pois renegocio a dívida no fim do semestre e, com isso, não sobra grana para pagar as novas mensalidades que continuam chegando.É humilhante ter que brigar por um direito nosso e por um futuro digno", desabafa Patrícia.

Pais de alunos também reclamam do novo projeto lei. O representante têxtil João Henrique Perillo, 39 anos, teve que tirar os dois filhos, de 9 e 13 anos, do curso de idiomas. A queda nas vendas do comércio fizeram com que as contas da família ficassem no vermelho. "cortei tudo o que pude para conseguir mante-los num bom colégio particular. Não consegui pagar as quatro primeiras mensalidades deste ano e só agora a situação está voltando ao normal. Negociei as dívidas e estou quitando aos poucos", explica João.

Para o presidente da Abmes, Gabriel Mário Rodrigues, o projeto lei deve reduzir injustiças dentro dos estabelecimentos. "Se todos pagassem as mensalidades em dia, com certeza o valor de cada parcela seria menor. Hoje o prejuízo encarece o custo de funcionamento das instituições de ensino.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

"VERGONHA"

Quando discutimos o significado da palavra ética, chegamos a conclusões muitas vezes questionáveis. Valores culturais ou morais de cada país fazem mudar os entendimentos do que é ou não ético. Mas em uma coisa todos temos que concordar, ética na política brasileira esta longe de ser questionável. Ela simplesmente não existe.


A crise que se instalou no Senado, com nomeações de parentes e atos
secretos praticados pelo presidente da casa, José Sarney, feriram tudo que poderíamos chamar de moral ou ético. A certeza da impunidade ainda fez com que Sarney não se importasse com as provas apresentadas pela imprensa. O corporativismo dos parlamentares, e os conchavos políticos com o poder executivo, fizeram com que mais esse escândalo terminasse em pizza.

charge Nani


O apoio do governo Lula ao presidente do Senado mostra mais uma vez que o interesse pessoal está além do coletivo. Nem o poder legislativo e nem o executivo estão preocupados com a população. Mas quando o assunto é reeleição, ou vai beneficiar os parlamentares, aí sim eles se desdobram e para fazer os acordos.


A vergonha ainda é maior, quando, mesmo com todos os indícios de envolvimento de Sarney em atos secretos, o PT, partido que sempre pregou transparência e honestidade, além da conivência com essa situação, faz pior, apoia descaradamente o arquivamento das 11 representações contra o presidente do Senado, José Sarney.

Para a população isto é mais um escândalo que não vai dar em nada. Algumas pessoas mostram suas indignações sobre essa crise enviando pela internet mensagens de repúdio a mais essa impunidade em nosso país. Para Walderez Simões, funcionária pública, a crise não tem nada de novo. Mas ela está vinculada a uma necessidade urgente de uma reforma política. "Dentro dessa reforma deve se ter uma avaliação se o Senado continuará existindo ou não", afirma Walderez. Para Carlos Eduardo Rodrigues, assessor de imprensa, as atitudes do presidente do Senado, José Sarney, são uma afronta à inteligência da população. "Sarney imagina que esta acima de tudo e de todos, e isso é uma grande mentira",comenta Carlos.


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terça-feira, 16 de junho de 2009

"FALTA QUORUM NA MELHOR MOSTRA"

A 4ª mostra de cinema comentado da Faculdade Estácio de Sá foi considerada pela maioria dos participantes como a melhor de todas as edições. Poderia ter sido também a campeã de público se não fosse a falta de divulgação. A demora em fornecer a data do início da mostra e os nomes dos filmes que seriam exibidos tirou a empolgação dos alunos, que normalmente se envolvem com o evento. Quem participou elogiou muito o conteúdo das palestras, do filmes e dos documentários exibidos.


A falta de público durante as palestras não tirou todo o glamour da mostra. A aluna do 7º período de publicidade Suzana Luna confirma que quem não veio assistir às palestras perdeu, pois todos os oradores eram pessoas preparadas e com embasamento sobre os temas. “José Ricardo, por exemplo, é muito bom em cinema, ele começou falando sobre o agente 007, mesmo tendo visto o filme várias vezes, fiquei surpresa com a forma como foi abordado pelo palestrante”, comenta Suzana.

Para Marcelo Freitas, um dos organizadores, a mostra cumpriu o que havia sido proposto. Segundo ele, quem veio à faculdade participar do evento ganhou mais conhecimento, do que aqueles que preferiram fazer outras coisas. Marcelo ressaltou também o nível dos convidados para as palestras. Para ele foram todos escolhidos com muito critério.
Alguns alunos reclamaram da organização do evento, mas deram sugestões para o próximo ano. Cléberton Miranda, aluno do 7º período de jornalismo, manda um recado para a organização da mostra. ”Eu acho que as próximas mostras, deveriam ser abertas para outros alunos da faculdade, e não apenas para os da comunicação”, comenta Cléberton.
fotos:Carlos Lyra



 Suzana - Entrevista Suzana


quinta-feira, 4 de junho de 2009

"O Prisioneiro da Grade de Ferro"






A quarta mostra de cinema comentado da Faculdade Estácio de Sá em Belo Horizonte traz nessa segunda feira dia oito de maio, às oito da manhã, um documentário imperdível. O prisioneiro da grade de ferro do diretor Paulo sacramento mostra a forma testemunhal de se gravar um vídeo. O filme narra a vida dos presos, muitas vezes, na primeira pessoa, principalmente quando as imagens e depoimentos são gravados pelos próprios detentos que contam episódios e lembranças vividas por eles. Revelam saudades e esperanças de voltarem ao conviver em sociedade. Ao mesmo tempo mostram medo de como serão recebidos do lado de fora do presídio. Durante as filmagens os presidiários revelaram uma linguagem própria. Usando chavões e termos que são específicos de dentro de um presídio ou de grupos ligados a marginalidade.
O vídeo tenta mostrar, durante quase toda a narrativa, os depoimentos e imagens da vida na cadeia de forma real, sem interpretações. As formas como os presos vêem através de frestas a vida que passa fora do presídio, confirma a presença de um olhar testemunhal, e transmite sentimentos. Homens dormindo amontoados em cubículos reforçam o que já sabemos o sistema penitenciário esta falido e não respeita as regras dos Direitos Humanos. O filme retrata a total realidade do cotidiano do presídio. As cenas mostram a vida dos detentos e seus hábitos. As imagens gravadas pelos próprios presos são de boa qualidade e transmitem uma liberdade maior na narração do documentário. Logo após o filme o jornalista e crítico de cinema Carlos Henrique Santiago comentará o documentário.

" O Prisioneiro da Grade de Ferro"

Algumas cenas do vídeo-documentário

quinta-feira, 28 de maio de 2009

"Construção" - Chico Buarque

Ouça a narração da música "Construção" de Chico Buarque

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Chico, o mito"

Cantor, ator, compositor, dramaturgo...Francisco Buarque de Hollanda, ou apenas Chico Buarque como é mais conhecido, nasceu em 1944 no Rio de Janeiro. Veio de uma família de intelectuais, o pai um historiador famoso, Sérgio Buarque de hollanda, a mãe uma pianista não tão famosa, Maria Amélia Cesário Alvim. Chico mudou-se com a família para a Italia ainda criança, e foi nesse país que ele descobriu seu veio artistico. Compõs aos nove anos várias marchinhas de carnaval. Inspirado em Ataulfo Alves e Noel Rosa fez alguns sambas e logo no início dos anos 60 deslanchou com O primeiro disco, um compacto gravado pela RGE em 1965, trazendo as músicas “Pedro Pedreiro” e “Um Sonho de Carnaval”. Desde então, Chico Buarque não parou mais de compor, participar de festivais de música - nacionais e internacionais - atuar em programas como “O Fino da Bossa”, da TV Record, e musicar espetáculos teatrais. Os festivais dessa época consolidaram o nome do artista não só como um excelente compositor, mas também como um militante contra a ditadura. Através dos versos Chico conseguia expor seu ponto de vista. Até que em 1969 descontente com a política no Brasil resolveu se exilar na Itália. Só voltou ao Brasil no ano seguinte. Gravou outro LP e retomou em suas canções o protesto político. Em função disso foi cada vez mais vigiado pelos censores. Era uma fase absolutamente criativa, que culminou com um de seus discos mais conhecidos, “Construção”. Chico Buarque, que nessa época, já era um dos principais nomes da música nacional virou referência para a MPB. A partir dos anos oitenta, Chico, alterna a produção de discos e livros.No início escreveu para o público infantil, mas logo veio o seu primeiro romance, "Estorvo" lançado em 1992, logo vieram os outros, Benjamim (1995), Budapeste (2003), que por sinal virou filme.Em 2009 lança o quarto romance da nova fase, Leite derramado, a crítica especializada não cansa de tecer elogios a mais esse romance.

sábado, 16 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

quinta-feira, 30 de abril de 2009

REDES SOCIAIS FAZEM BEM OU MAL?








A necessidade de estar online com o mundo, de não perder nada, ou de ter a sensação de estar acompanhado faz com que as pessoas procurem as redes de relacionamentos com mais frequência. Esse pode ser um comportamento um tanto preocupante, afirmam alguns especialistas. Uma dessas redes é o Twiter, que apesar de ter sido concebido há 17 anos pelo programador americano Jack Dorsey para rastrear motoristas de táxis, só veio se tornar uma rede social em 2006. Dois anos depois, em 2008, a quantidade de adeptos que era de 600 mil passou para 6 milhões. O crescimento rápido do número de usuários, a falta de informação sobre os efeitos do uso contínuo e em tempo integral, já que com o celular 3G o acesso também é possível, às vezes faz com que pessoas viciadas nas redes se tornem verdadeiros zumbís, com uma necessidade extrema de expor suas vidas, que em uma situação normal não teriam coragem. Uma simples curiosidade de saber o que a outra pessoa esta fazendo, ou a própria satisfação de contar para os outros onde você está, muitas vezes torna os usuários escravos da rede, e por algum motivo que estas pessoas não conseguem explicar, não param de trocar mensagens, como se isso fosse parecido com oxigênio que elas respiram. Segundo um estudo da Nielsen Online mostra que 66,8% das pessoas que usam a internet no mundo estão em redes sociais, enquanto somente 65,1% delas usam e-mails, isso significa que a convivência digital em sites como Orkut, Facebook e Twiter tornou-se mais importante para as pessoas do que a comunicação pura e simples que elas fazem por e-mail. Essa situação está tornando a idéia de privacidade tão obsoleta quanto ao fraque e a cartola.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

"ENTRE A SALA DE AULA E O BAR"






Paulo quer ampliar os Horizontes

Marcos feliz com seu comércio



Reporter: Daniel Amorim

Todo comerciante sonha em montar seu negócio, ganhar dinheiro e não se tornar escravo do trabalho. Essa opção foi alcançada por alguns donos de bares e lanchonetes que abriram seus pontos de vendas em frente a uma faculdade no bairro Prado. Marcos Antonio neiva tem 37 anos e a mais de dez trabalha com comércio, segundo ele antes de montar uma lanchonete nesse local fez uma dinâmica de grupo para saber qual era a melhor localização, e o melhor produto a ser vendido. Logo que abriu as portas já previa lucro certo, pois os alunos chegam com fome do trabalho, principalmente quem estuda à noite, e logo vão fazer um lanche ou tomar uma cerveja. E por falar em cerveja, a maioria dos donos de bares afirma, que a loira é a campeã de vendas. Marcos conta ainda que a concorrência no local é pequena e vender a vista, e em especie, é um excelente negócio. O comerciante conta ainda outras vantagens por trabalhar ao lado da faculdade. "Acima de tudo o horário de funcionamento é menor que em um bar tradicional, e eu folgo sábados, domingos e feriados", afirma Marcos.

Outro tradicional bar da região também achou que estava um pouco afastado da porta da escola (50 metros), acabou montando uma filial, bem maior que a matriz, exatamente em frente a saída dos alunos. Paulo de Souza Matos Jr, 23 anos, conta que o bar da família ficava perto mas não atendia bem aos alunos que gostam de comodidade. "Foi só abrir o novo ponto há um ano que a clientela aumentou muito", afirma Paulo. No bar, sempre cheio, Paulo se orgulha em servir bons tiragostos e cerveja bem geladas. Quando o assunto é férias para os alunos da faculdade, o proprietário do bar conta que isso não é problema, pois é a hora de dar um descanso para os funcionários. Paulo também vê outras vantagens na localização, "o contato com diversas pessoas influenciam diretamente nos negócios, por exemplo hoje conheci um representante de uma cervejaria que estuda na faculdade, já conseguimos fazer uma negociação", comenta.

segunda-feira, 30 de março de 2009

"Reforma ortográfica"


Oito paises, quase todos com problemas financeiros, sociais, políticos e em alguns a miséria impera. Esse é o quadro encontrado nesses territórios que falam a língua portuguesa. Não fosse o bastante eles resolveram unificar a ortografia. Isso significa milhões de dólares que serão gastos em mudanças de dicionários, livros escolares e todas as publicações que serão mudadas por essa que não é a maior, mas sim a mais significativa mudança em nossa forma de escrever a partir desse ano. Mas vamos deixar as críticas para um lado e vamos ver como ficou a reforma ortográfica, que está valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009, não veio para tumultuar a forma de falar do brasileiro. Mas ja a forma de escrever, essa sim mudou. Algumas palavras que tínhamos o costume de escrever em uma só, hoje temos que separar por hifen, exemplo: microondas passou a ser micro-ondas. O hifen não será utilizado nos seguintes casos:
quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente, ex: extra-escolar vira extraescolar.Quando a segunda palavra começa com s ou r, essas consoantes devem ser duplicadas,ex: anti-religioso agora se escreve antirreligioso. O fim do trema foi um dos pontos mais divulgados pela imprensa no final de 2008. Na realidade a maioria das pessoas usava com uma frequencia pequena essa forma de escrita. Todas essas mudanças estavam sendo discutidas há um bom tempo, e foi criada uma espectativa na população que não correspondeu à mudança das regras. Particularmente esperava mais mudanças em relação à que aconteceu em 1971. Mas como foi acordado entre os oito países de lingua portuguesa não poderia ser diferente, pois qualquer mudança radical ou muito maior com certeza não entraria em vigor tão cedo. Dezenove anos depois de começadas as discussões sobre as mudanças dessas regras elas estão em vigor. Nos resta, agora, gostando ou não, aplicar a nova ortografia.

quinta-feira, 19 de março de 2009

BR 381 TANTAS MORTES, ATÉ QUANDO!

Viajo pela chamada "Rodovia da Morte" duas a três vezes por mês. Em todas as viagens me deparo com no mínimo dois acidentes com proporções grandes, normalmente com morte. A BR 381 já foi palco de grandes tragédias, e os responsáveis por essas carnificinas são os motoristas, que deveriam dirigir com mais atenção e cuidado, e o governo, que faz vista grossa ao tentar com medidas paleativas, como operações tapa buracos e frizamento em algumas curvas. Quero a partir dessa data registrar e mostrar nesse blog imagens que fiz e continuarei fazendo durante minhas viagens. A falta de atuação das autoridades competentes( não sei se posso chamar de competentes) fez com que na semana passada, um caminhão provocasse mais uma cena de horror, ao bater de frente com uma van de estudantes que voltava para a cidade de Caeté, causando a morte de seis pessoas e deixando outros dez feridos. Os sonhos desses jovens de se formarem foi interrompido por um descaso. Se não fizermos uma pressão em cima do Governo Federal usando nossos deputados como porta vozes, jamais teremos uma duplicação nessa rodovia, que só no ano passado matou mais de 80 pessoas.

quinta-feira, 12 de março de 2009

"Olhando para a vizinhança"


Responsabilidade Social, esse foi o tema foi escolhido por Patrícia Leris, 21 anos, para encerrar com chave de ouro o curso de jornalismo que faz na faculdade Estácio de Sá em Belo Horizonte. Ela ainda não trabalha na área jornalística, mas atua como estagiária em uma multinacional. A partir desse estágio Patrícia viu como é necessário o envolvimento de uma empresa com a sociedade que depende dela, ou que está no entorno. A estudante escolheu uma cooperativa que é patrocinada pelo grupo Fiat. No galpão,no bairro JardimTeresópolis em Betim, cedido pela montadora funciona uma fabrica artesanal de diversos produtos. A maioria deles feitos a partir de sobras de couro, panos de bancos, peças de automóveis doados por empresas do grupo que fazem parte do projeto. A cooperativa proporciona além de empregos para a comunidade esportes e cursos profissionalizantes. Patrícia quer seguir a linha da comunicação empresarial, a partir desse trabalho ela pretende terminar o curso e continuar estudando sobre o tema. "Esse é um setor que dá vida à empresa, ele consegue mostrar um outro lado, envolvendo colaboradores, diretores e comunidade", afirma Patrícia. A estudante acredita que esse setor é um dos mais importantes dentro de uma empresa, segundo a universitária a organização que tem como pratica essa responsabilidade social será reconhecida pela sociedade, e isso poderá contribuir para a geração de lucros.

Leia ainda:patricialeris.blogspot.com

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009





" Mais uma Tupiniquim"

Brasileiros com problemas no exterior já viraram rotina na imprensa internacional. O caso de Paula Oliveira, uma advogada, que mora e trabalha na Suíça, e teria sofrido agressões por motivos racistas, nos faz refletir sobre como usar informações que não conseguimos checar. Uma notícia de agência fez com que a maior e mais importante TV brasileira cometesse um dos maiores equívocos sobre a veracidade da informação. A única fonte usada pela TV foi o pai da advogada, que teria conversado com a filha por telefone. Ao noticiar como verdade a agressão sofrida por Paula, a TV Globo, tida como exemplo nas checagens de fontes, fez com que diversos veículos de comunicação cometessem o mesmo erro, publicando como verdadeira aquilo que viria a ser maior "barriga" da história do jornalismo brasileiro, segundo o Observatório da Imprensa.
Paula Oliveira tem, segundo seus pais, Lúpus, uma doença que altera o comportamento. Para alguns especialistas, a doença, pode até alterar o comportamento, mas raramente fará com que uma pessoa chegue a esse grau de insanidade, a ponto de se expor, e colocar toda uma nação em situação ridícula.
A partir da década de 1960 vários brasileiros foram tentar a vida em outras plagas. Isso fez com que fossemos chamados de "Tupiniquins", por um lado deveríamos ficar orgulhosos, já que se refere a tribo "Tupi" (Índios que habitavam o sul da Bahia até o norte do Espírito Santo). Só que a forma pejorativa como é usado o termo nos faz refletir se as mancadas, ou melhor, se todas as coisas que acontecem no exterior com compatriotas devem ser noticiadas com toda ênfase, ou devem ser analisadas com mais critérios por nossa mídia.
Fotos: "Último segundo" e "Diário de Cuiabá"